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Paciência e Empatia: Caminhos para se Relacionar com Pessoas Mais Velhas e Autoridades no Trabalho

Para quem, como eu, é autista nível dois de suporte, lidar com relações sociais pode ser um grande desafio. Especialmente quando envolvem pessoas mais velhas — como pai, mãe, avô — ou figuras de autoridade no trabalho, como clientes e chefes. Muitas vezes, o ritmo emocional e as expectativas dessas pessoas são diferentes dos nossos, o que exige de nós paciência e empatia.

Mas o que é paciência e empatia, na prática?

  • Paciência é suportar o desconforto do momento sem explodir ou desistir imediatamente.
  • Empatia é tentar entender o que a outra pessoa está sentindo, mesmo que não concordemos com ela.

Dicas para Exercitar a Paciência:

  1. Respire fundo antes de responder: Se um pai, uma mãe, ou um cliente disser algo que você ache injusto ou confuso, dê alguns segundos para respirar profundamente antes de reagir.
  2. Aceite que eles vêm de outra época: Pessoas mais velhas foram educadas com valores e maneiras diferentes. Isso não torna seus sentimentos menores. É apenas um sinal de que a realidade delas é diferente da nossa.
  3. Use frases que criam tempo: Se precisar de um momento para organizar sua resposta, diga:
    • “Preciso de um minutinho para pensar.”
    • “Entendi o que você disse, vou refletir um pouco para responder da melhor forma.”

Dicas para Desenvolver Empatia:

  1. Imagine o medo ou preocupação por trás das palavras: Muitas vezes, um pai bravo ou um cliente exigente está, na verdade, com medo de algo dar errado. Tentar ver essa camada por trás do que é dito ajuda a reduzir o choque.
  2. Pergunte com curiosidade, não com defesa: Em vez de reagir defensivamente, pergunte:
    • “O que te preocupa mais nesse caso?”
    • “Você pode me explicar um pouco melhor o que espera?”
  3. Respeite sem se anular: Ter empatia não significa concordar com tudo ou abrir mão dos próprios limites. Significa ouvir com respeito, mesmo que você tenha que dizer “não” depois, de forma firme e calma.

Paciência e empatia não são mágicas que acontecem do dia para a noite. São como músculos: precisam ser treinados aos poucos. Para nós, autistas, é importante lembrar que não estamos errados por ter dificuldades sociais. Nosso caminho é diferente — mais consciente, mais trabalhado — mas é tão válido quanto o de qualquer pessoa.

Tenha orgulho de cada pequena conquista. Cada momento em que você respira, observa, respeita e se comunica é uma vitória que merece ser reconhecida.

Às vezes, pode parecer cansativo precisar explicar o que sentimos, ou encontrar energia para ter paciência quando o mundo já é tão barulhento e confuso. Nesses momentos, é importante lembrar: não precisamos ser perfeitos para sermos dignos de respeito.

Ter paciência e empatia não significa suportar tudo em silêncio ou aceitar desrespeito. Significa construir pontes quando possível — mas também saber quando é hora de cuidar de si, proteger seus limites e se afastar de conflitos que não levam a lugar nenhum.

Respeitar os mais velhos e figuras de autoridade é importante, mas respeitar a si mesmo também é. Você tem o direito de pedir mais clareza, mais tempo, mais espaço. Você tem o direito de existir do seu jeito.

O crescimento nas relações é uma via de mão dupla: quando você se esforça para ouvir e entender, também merece ser ouvido e compreendido. E mesmo que nem todos saibam reconhecer seu esforço, saiba que cada passo que você dá em direção à paciência, à empatia e ao equilíbrio já é, por si só, uma grande prova de coragem.

Seja gentil consigo mesmo. Caminhar nesse mundo com um cérebro que percebe tudo de maneira intensa já é um ato diário de bravura.

Você não está sozinho.

deygler veloso mascouto

37 anos, há três anos, me descobri autista nível 2 de suporte, junto com a chegada do nascimento do meu filho que tambem veio a ser autista. sou social mídia iniciante mais com muito foco, exigencia e ambição. Estou estudando Marketing digital a fim de me aprofundar cada dia mais.

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